domingo, 10 de outubro de 2010
100 ! Missão Cumprida !
099
097 De colo em colo
domingo, 3 de outubro de 2010
095 Depressão Pós-Parto
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
094
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A casa do Henrique tá movimentada. Todo dia vêm as tias Luli, Anninha e Jú. Também vem todos os dias a vovó Silvana. O dindo Theo queria diariamente, mas o pessoal andou cortando o coitado, dizendo que ele tava muito grudento e tal. Daqui a pouco ele aparece por aí de novo.
A Lora veio dois dias na semana ajudar na limpeza da casa, e quem está chefiando esta parte - limpeza e comida - é a Dona Lúcia, minha sogra, que tá morando com a gente aqui no quarto de hóspedes. Tá fazendo na verdade um retiro espiritual: não tem TV no quarto dela e a outra da sala não pega Globo. Sem Passione, sem Faustão, a vovó tá lendo um livrinho...
Se não fosse a ajuda da vovó a Tutu não ia dar conta. Assim ela pode se dedicar inteiramente ao neném. Por exemplo: depois de cada mamada o Henrique dorme no colo da mamãe, que não quer largar no carrinho depois. Foi assim esta noite: Henrique dormiu na cama com a gente a noite toda. Tem coisa melhor ?
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093 banho
092 É o tio Léo !
Até que enfim o Henrique conheceu o tio Léo. No sábado, quando o neném nasceu, o tio Léo estava com a tia Karina aproveitando um achado cada vez mais raro: uma área sem sinal de celular. Restam poucos lugares assim, de modo que desta vez o casal estava no meio do mato. Na volta, no domingo, uma amidalite forte impediu o tio de conhecer o primeiro sobrinho até hoje, quinta-feira.
Mas os dois passaram mais de uma hora juntos, em consonância mental. Ninguém sabe o que conversaram telepaticamente, mas foi o suficiente para tirar o atraso destes dias todos.
090 Vovô durão
terça-feira, 21 de setembro de 2010
089 O terceiro dia
Ontem, segunda, o dia em que ele completaria 9 meses na barriga, viemos pra casa. O neném conheçeu a casa borrada (ele vê tudo borrado, esse vesgalhão) em que ele vai viver grande parte da vida. Vovó Lúcia dormiu aqui no quarto de hóspedes, mas nem precisou levantar de madrugada: papai já está expert no troca-fralda e mamãe desenvolve técnicas de amamentação. O Henrique cismou de não gostar do seio esquerdo (segundo meu primo Eduardo, "ele já é um direitista"). Assim como a sua priminha Luiza ele se incomoda com a posição de mamar o peito esquerdo, mas a mamãe já desenvolveu a técnica de, pra esse seio, ele mamar que nem sapinho:
O neném e a mamãe Tutu já estão equipados pela natureza com instintos práticos, mas pra mim tudo é novo, de modo que tenho que racionalizar as coisas. O livro do dr.Rinaldo DeLamare tá servindo bem, apesar de alguns dizerem que está ultrapassado. Aliás todos dizem alguma coisa, todo mundo tem palpite pra tudo e como a maternidade não é uma ciência exata - ou talvez seja porém muito complexa - ninguém tem palavra definitiva. A gente então ouve tudo pra tirar as próprias conclusões. Acima disso tem o instinto da Tutu, e abaixo disso tem as racionalizações do papai. Em meio a isso tem o nhé nhé nhé nhé nhé nhé nhé nhé nhé nhé
Então tem a questão do berço: diziam pra deixar o neném chorar no berço, pra ele aprender a dormir sozinho. Era essa a minha opinião, mas e dá ? Não dá. Se o neném quer ficar perto da mamãe e ouvir a voz do papai, tem que ser assim. E a dra. Emarise disse o mesmo: uma criança que tem a certeza de que é amada pelos pais não vai ter (ou tem menos chance de) que se apoiar em chupetas no futuro. Chupeta é outra questão. É uma santa questão. Descobrir o bico é maravilhoso: aquieta o neném. Dizem, eles dizem, que não é bom pros dentes. Outros dizem que não tem problema. Eu volto pra questão aquela, que vai resolver tudo: se o neném tiver a certeza de que é amado pelos pais, tem tudo pra se dar bem consigo mesmo. Não ? Bom... é o que podemos fazer.
domingo, 19 de setembro de 2010
088 NASCEU O HENRIQUE !!
Chegou a hora, nasceu o Henrique ! Ontem, sábado, dia 18 de Setembro de 2010, às 8:02h da manhã, o nosso filho lindo saiu da barriga da mamãe para este mundo. Veio com 3,2kg e 50cm de comprimento. Ele é lindo, perfeitinho e saudável. Está alinhado com todas as coisas boas e bonitas, é um presentão da vida pra nós, os pais, e para os avós e tios e para todo mundo que acompanhou a gravidez da Tutu com energias positivas.
Obrigado à vida ! É sempre bom ter mais um vivente do nosso lado, e lindo desse jeito então, nem se fala.
O Henrique manda, ainda da maternidade, um aperto no mindinho de todo mundo aí !!
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Preparação
Começou em Jurerê, na casa dos avós Lúcia e Bismarck. Sexta à noite, dia 17, papai cansado do trabalho da semana, queria dormir. Tutu entediada pelas férias forçadas do último mês, queria sair. Esperávamos o neném, que não queria saber de vir, para próxima quarta-feira. Saímos então os 4 (ou 5) para tomar uma sopinha. As contrações da Tutu, doloridas desde as 19hs, incomodaram tanto que nos exigiram ir até o centro para uma consulta na clínica. Tutu estava mesmo em trabalho de parto, apesar de a gente não botar muita fé.
Já madrugada, passamos em casa pra pegar algumas coisas. Tiramos as derradeiras fotos da mamãe com a barriga do neném-menino. Mamãe caminhava na rua silenciosa pra amenizar a dor. Vovó e vovô, mais apreensivos que nós, começaram a varrer a casa e lavar a entrada de mangueirada. O Dindo Theo, acordado por uma mensagem de texto, passou a madrugada conosco. Tia Jú também veio de Jurerê.
Tio André trouxe charutos cubanos legítimos que ainda serão consumidos em sessão especial. Tia Jú também estava, assim como a vovó Lúcia, vovô Bismarck e o dindo Theo, que parou no posto para comprar guloseimas para as visitas do dia seguinte.
Passamos a madrugada em observação, até o nascimento às 8 da manhã.
O Parto
O parto foi tranqüilo, mas chegar até o parto foi um parto ! Chegamos à maternidade Santa Helena e a dra.Emarise estava fazendo um parto natural em uma paciente sua. Até que ela pudesse nos atender a Tutu seguia com contrações doloridas. Acho que isso era 2hs da manhã, por aí. Nós queríamos fazer o parto "normal", isto é, por "via baixa" como dizem os médicos e por isso a Tutu agüentou as dores cada vez mais fortes. Como as contrações freqüentes não dilatavam o colo na medida certa, dra Emarise resolveu aplicar ocitocina, o hormônio que dá leite e contrações à mãe, para acelerar o processo.
Foi aí que começou o calvário, o momento em que eu realmente fiquei nervoso. As dores pareciam insuportáveis, ainda mais vindas da Tutu que não é de reclamar à toa. Fui pedir à doutora que fizéssemos logo uma cesária. Não estamos na idade das cavernas.
Tudo bem se tudo estiver correto - e estava até então - optar pelo parto natural. Mas as contrações insuportáveis não dilatavam o colo do útero, e a Tutu não tinha que passar por aquilo. Ninguém deveria ter, no planeta Terra, no ano de 2010, que passar por isso.
Tutu então autorizou a cesária, com a consciência tranqüila de ter tentado até as lágrimas fazer o parto natural, e também de estar certa de tirar o neném lá de dentro somente na hora em que ele naturalmente viria.