domingo, 10 de outubro de 2010

100 ! Missão Cumprida !




Pois é pessoal, o Henrique tá mamando bem, a cada 3 horas, tá ficando fortinho, os dedinhos da mão estão gordinhos, o pescoço já está bem rígido. Dando seqüência à gravidez, que foi bem tranqüila, ele é um bebê tranqüilo: não costuma chorar à toa, não tem cólicas fortes, não costuma regurgitar, dorme bem e presta atenção quando a gente põe música pra ele ouvir. Vai no colo de todo mundo e tem dormido no quarto com a gente, ao lado da cama.

A Tutu está bem, com boa recuperação dos pontos da cesária, gostando de amamentar (meio cansada de vez em quando), produz bastante leite, está dando conta de fazer e desfazer as malas e sacolas do neném e daqui a uns meses volta a trabalhar.

O papai Felipe tem acordado junto com a mamãe de madrugada (mas não todas as vezes), troca fraldas e dá banho no Henrique (de chuveiro), tem trabalhado bastante e sacado o celular com vídeos do neném toda vez que alguém pergunta pelo Henrique por aí.

Os avós estão felizes, visitando o neném dia sim dia não e dando um grande suporte ao cotidiano da casa-castelo, providenciando almoços e companhia pra mamãe quando o papai não está.

Os tios aparecem sempre lá em casa, assim como os dindos, e os amigos perguntam, a família pergunta e todo mundo de fora planeja um fim-de-semana pra vir ver ao vivo a novidade que veio dar na praia em forma de Henrique.

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Seguimos tirando fotos e fazendo vídeos que nem japoneses na Champs Elyseés pra lembrar pra sempre das fases do neném, que anda crescendo rápido e logo, logo, estará nos criticando. Este blog, que segundo o Google ficará disponível na World Wide Web por toda a eternidade, nos ajudará a lembrar alguns detalhes desta jornada, já que a lembrança da emoção da coisa toda a gente vai levar sempre conosco.

Com o blog vamos lembrar também da movimentação de todo mundo - família, amigos, conhecidos e até anônimos - em volta desta gravidez.

"Tutu e o neném-menino" foi o blog da primeira gravidez da Tutu (e do Felipe) e já cumpriu a sua função, melhor do que eu imaginei. Nestes 100 posts pudemos acompanhar e compartilhar o surgimento do nosso Henrique, que daqui pra frente tem vida própria.

Talvez o papai faça um blog acompanhando a criação do Henrique. Tem aí uma questão de exposição que não sei ainda como resolver. A pensar.

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A Tutu, o Felipe e o Henrique agradecem as visitas de todo mundo, estamos muito felizes por tudo ter dado certo e pela internet ter possibilitado a gente compartilhar essa felicidade tão longe e tão facilmente.

Um beijão bem babado em todo mundo !
Esperamos visitas na casa-castelo !

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Tchaaauuu !!

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099



Sou a cara da mamãe ? Às vezes achamos que sim, outras que nem tanto, às vezes sou a cara do vovô Bismarck, às vezes tenho a expressão do papai, às vezes tenho a cara do Otto (afilhado do papai Felipe, lá de Blumenau). Os amigos do papai dizem que eu sou a cara do técnico da Sky que vive aqui em casa, mas papai não acredita. O Henrique ainda é muito pequeninho, a gente não consegue imaginar como ele vai ser quando for grande.

Seguem uns videozinhos do figura:



ensaiando uma risada



procurando teta no pano



o espirro e o alívio

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098 Papo Cabeça


097 De colo em colo



Dindo Theo e tia Paulinha

Tia Anninha

Vovó Lúcia

Vovô Bismarck, arretado

Vô Luiz (me carrega que nem o papai. Ninguém gosta, mas eu gosto !)


Tia Luli


Vovó Silvana

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096 Vó Silvana e Tia Jú





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domingo, 3 de outubro de 2010

095 Depressão Pós-Parto



Quando eu ouvia falar em "depressão pós-parto", achava que fosse mais uma das reações exageradas da nossa "geração do conforto", em que qualquer coisinha já é um problemão.

Mas vi que tem mães por aí que passam de fato por um período ruim, de certo porque o nascimento seria aquele baque do "e agora, como é que vou manter essa criança com um pai vagabundo desse ?". Nesse sentido nunca achei que a Tutu teria sérios motivos pra ficar triste, porque o pai é esforçadinho e além do mais a família toda está ajudando bastante.

Mas se realmente a depressão pós parto é uma coisa que se repete sempre, deve ter algum propósito evolutivo. Um livro que eu li há tempos, sobre ciência cognitiva, diz que a depressão pós-parto seria o estado psicológico necessário para que a mãe possa avaliar, friamente, se a criação do filho realmente vale a pena - ou se é melhor desistir da cria e tentar gerar outros que tenham mais chance de sucesso. Faz todo o sentido em termos darwinianos, e provavelmente é parte da verdade.

Mas não se assuste com a frieza desta constatação. Raramente a razão evolucionária é a razão pela qual agimos. Quer dizer, mesmo que um comportamento seja recorrente por trazer alguma vantagem evolutiva, os indivíduos por sua vez são impelidos por motivos bem menos amplos do este. É por isso que para gerar filhos não temos uma vontade louca de fazer filhos, mas sim uma vontade louca de fazer sexo.

Assim, mesmo que a depressão pós-parto na escala da biologia sirva para que a mãe avalie friamente a viabilidade do recém-nascido, na escala psicológica a razão pode ser outra. A mãe chora por algum motivo, um motivo meio sem lógica alguém pode dizer. E se a gente entende pouco pode dizer que é mesmo somente químico.

Mas a Tutu esteve chorosa esses dias e era um choro bem profundo, que nem ela soube explicar. Só disse que olhava o Henrique passar de mão em mão, e às vezes chorar, e dava uma pena imensa dele, como uma impotência. É ver aquela criança ter que se virar sozinha, ter que aprender sozinha tudo o que a mãe já sabia e já estava cuidando de suprir quando ele estava na barriga. Ela quis voltar no tempo e pôr o neném de volta, e isso é mesmo uma baita duma tristeza. Pra mim, como pai, a chegada do Henrique é só alegria mas pra mãe é um ganho e uma perda ao mesmo tempo.

Uma grande energia psicológica é necessária pra passar essa barreira. Dá pra dizer que a depressão pós-parto - no sentido em que me refiro aqui - é um "rito de passagem". Como aqueles ritos ancestrais onde o adolescente caminha sobre a brasa para se tornar um adulto, é uma dose de sofrimento que te credencia para o que há por vir. O rito de passagem da mãe depois do parto deve cristalizar na sua mente que o filho, a partir de então, terá a sua própria vida - suas alegrias e suas tristezas. O Henriquinho vai seguir o caminho dele.

Falei pra Tutu que tem mãe que não quer passar por isso e insiste, inconscientemente, em tratar o filho como um dependente seu até a idade adulta. Então é bom a Tutu chorar, por que esse é o caminho saudável da coisa, com um pouquinho de sofrimento - até o Henrique já está aprendendo que é assim.

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

094

Hoje caiu o "coto", o restinho do cordão umbilical do Henrique. Agora será que as vovós vão deixar o papai tomar banho de banheira com o neném ??

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A casa do Henrique tá movimentada. Todo dia vêm as tias Luli, Anninha e Jú. Também vem todos os dias a vovó Silvana. O dindo Theo queria diariamente, mas o pessoal andou cortando o coitado, dizendo que ele tava muito grudento e tal. Daqui a pouco ele aparece por aí de novo.

A Lora veio dois dias na semana ajudar na limpeza da casa, e quem está chefiando esta parte - limpeza e comida - é a Dona Lúcia, minha sogra, que tá morando com a gente aqui no quarto de hóspedes. Tá fazendo na verdade um retiro espiritual: não tem TV no quarto dela e a outra da sala não pega Globo. Sem Passione, sem Faustão, a vovó tá lendo um livrinho...

Se não fosse a ajuda da vovó a Tutu não ia dar conta. Assim ela pode se dedicar inteiramente ao neném. Por exemplo: depois de cada mamada o Henrique dorme no colo da mamãe, que não quer largar no carrinho depois. Foi assim esta noite: Henrique dormiu na cama com a gente a noite toda. Tem coisa melhor ?

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093 banho

Sim, o Henrique é bem pequeninho. Pelo tamanho do pezão vai ser grandão, mas agora cabe na palma da nossa mão.




"Assim de barriga pra cima eu detesto"


"mas de barriga pra baixo é tranqüilo"



"E não largo o dedo do pai."
É a "fase oral", que segundo meu primo Vítor tem que ser
vivida intensamente


você é um homem ou um ratinho pelado ?


E como recompensa uma mama cheia de leite !
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092 É o tio Léo !


Até que enfim o Henrique conheceu o tio Léo. No sábado, quando o neném nasceu, o tio Léo estava com a tia Karina aproveitando um achado cada vez mais raro: uma área sem sinal de celular. Restam poucos lugares assim, de modo que desta vez o casal estava no meio do mato. Na volta, no domingo, uma amidalite forte impediu o tio de conhecer o primeiro sobrinho até hoje, quinta-feira.

Mas os dois passaram mais de uma hora juntos, em consonância mental. Ninguém sabe o que conversaram telepaticamente, mas foi o suficiente para tirar o atraso destes dias todos.

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091 ique do ipe

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090 Vovô durão

Vovô Luiz Schneider ficou tão babão que se prestou ao papel de sair da maternidade pra comprar uma lixa de unha RN (recém-nascido) pra aparar ele mesmo as unhas do neném:


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terça-feira, 21 de setembro de 2010

089 O terceiro dia

Hoje de manhã o Henrique fez três dias de vida aqui fora. A noite foi bem mais fácil. Ele praticamente regularizou as mamadas (a cada 3 horas). As duas madrugadas anteriores foram mais conturbadas. Não sabíamos muito como lidar com o choro. Dormimos somente os três na maternidade num intensivão cuida-neném. Pra nossa sorte (mais sorte ??) o neném é bem tranquilo e chora somente de fome e carência. Até agora não pareceu ter cólicas ou outros incômodos.

Ontem, segunda, o dia em que ele completaria 9 meses na barriga, viemos pra casa. O neném conheçeu a casa borrada (ele vê tudo borrado, esse vesgalhão) em que ele vai viver grande parte da vida. Vovó Lúcia dormiu aqui no quarto de hóspedes, mas nem precisou levantar de madrugada: papai já está expert no troca-fralda e mamãe desenvolve técnicas de amamentação. O Henrique cismou de não gostar do seio esquerdo (segundo meu primo Eduardo, "ele já é um direitista"). Assim como a sua priminha Luiza ele se incomoda com a posição de mamar o peito esquerdo, mas a mamãe já desenvolveu a técnica de, pra esse seio, ele mamar que nem sapinho:


O neném e a mamãe Tutu já estão equipados pela natureza com instintos práticos, mas pra mim tudo é novo, de modo que tenho que racionalizar as coisas. O livro do dr.Rinaldo DeLamare tá servindo bem, apesar de alguns dizerem que está ultrapassado. Aliás todos dizem alguma coisa, todo mundo tem palpite pra tudo e como a maternidade não é uma ciência exata - ou talvez seja porém muito complexa - ninguém tem palavra definitiva. A gente então ouve tudo pra tirar as próprias conclusões. Acima disso tem o instinto da Tutu, e abaixo disso tem as racionalizações do papai. Em meio a isso tem o nhé nhé nhé nhé nhé nhé nhé nhé nhé nhé

Então tem a questão do berço: diziam pra deixar o neném chorar no berço, pra ele aprender a dormir sozinho. Era essa a minha opinião, mas e dá ? Não dá. Se o neném quer ficar perto da mamãe e ouvir a voz do papai, tem que ser assim. E a dra. Emarise disse o mesmo: uma criança que tem a certeza de que é amada pelos pais não vai ter (ou tem menos chance de) que se apoiar em chupetas no futuro. Chupeta é outra questão. É uma santa questão. Descobrir o bico é maravilhoso: aquieta o neném. Dizem, eles dizem, que não é bom pros dentes. Outros dizem que não tem problema. Eu volto pra questão aquela, que vai resolver tudo: se o neném tiver a certeza de que é amado pelos pais, tem tudo pra se dar bem consigo mesmo. Não ? Bom... é o que podemos fazer.


Primeira noite em casa, dormindo no colo da mamãe

boquinha esculpida por Michelangelo Buonarote

luz do dia na janela:
Ratinho



E quando acorda tem esse olhão querendo saber


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domingo, 19 de setembro de 2010

088 NASCEU O HENRIQUE !!


Chegou a hora, nasceu o Henrique ! Ontem, sábado, dia 18 de Setembro de 2010, às 8:02h da manhã, o nosso filho lindo saiu da barriga da mamãe para este mundo. Veio com 3,2kg e 50cm de comprimento. Ele é lindo, perfeitinho e saudável. Está alinhado com todas as coisas boas e bonitas, é um presentão da vida pra nós, os pais, e para os avós e tios e para todo mundo que acompanhou a gravidez da Tutu com energias positivas.

Obrigado à vida ! É sempre bom ter mais um vivente do nosso lado, e lindo desse jeito então, nem se fala.

O Henrique manda, ainda da maternidade, um aperto no mindinho de todo mundo aí !!

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Preparação



Começou em Jurerê, na casa dos avós Lúcia e Bismarck. Sexta à noite, dia 17, papai cansado do trabalho da semana, queria dormir. Tutu entediada pelas férias forçadas do último mês, queria sair. Esperávamos o neném, que não queria saber de vir, para próxima quarta-feira. Saímos então os 4 (ou 5) para tomar uma sopinha. As contrações da Tutu, doloridas desde as 19hs, incomodaram tanto que nos exigiram ir até o centro para uma consulta na clínica. Tutu estava mesmo em trabalho de parto, apesar de a gente não botar muita fé.


Já madrugada, passamos em casa pra pegar algumas coisas. Tiramos as derradeiras fotos da mamãe com a barriga do neném-menino. Mamãe caminhava na rua silenciosa pra amenizar a dor. Vovó e vovô, mais apreensivos que nós, começaram a varrer a casa e lavar a entrada de mangueirada. O Dindo Theo, acordado por uma mensagem de texto, passou a madrugada conosco. Tia Jú também veio de Jurerê.

mamãe caminha pra aliviar a dor das contrações

"minha última foto grávida do neném"

Baleia estranhou a agitação para o horário

Fomos até a "Clínica Jane", perto de casa, para uma consulta com o médico plantonista. Ele confirmou: Tutu estava em trabalho de parto. Provavelmente viria às 7hs o neném. Oh, uma madrugada pela frente...
Nossa obstetra, a Dra.Emarise, estava no entanto em outro lugar, a "Clínica Santa Helena", acompanhando uma paciente para parto natural. Decidimos trocar de planos e fomos então ter o neném na Clínica Santa Helena, pela segurança de sermos acompanhados pela médica que afinal iria fazer o parto.


Tia Aninha e tio André vieram da balada: "After" na maternidade. Vovô Bismarck, tia Jú e dindo Theo se divertiam com a máquina automática de café


Tio André trouxe charutos cubanos legítimos que ainda serão consumidos em sessão especial. Tia Jú também estava, assim como a vovó Lúcia, vovô Bismarck e o dindo Theo, que parou no posto para comprar guloseimas para as visitas do dia seguinte.


Passamos a madrugada em observação, até o nascimento às 8 da manhã.


O Parto



O parto foi tranqüilo, mas chegar até o parto foi um parto ! Chegamos à maternidade Santa Helena e a dra.Emarise estava fazendo um parto natural em uma paciente sua. Até que ela pudesse nos atender a Tutu seguia com contrações doloridas. Acho que isso era 2hs da manhã, por aí. Nós queríamos fazer o parto "normal", isto é, por "via baixa" como dizem os médicos e por isso a Tutu agüentou as dores cada vez mais fortes. Como as contrações freqüentes não dilatavam o colo na medida certa, dra Emarise resolveu aplicar ocitocina, o hormônio que dá leite e contrações à mãe, para acelerar o processo.
Foi aí que começou o calvário, o momento em que eu realmente fiquei nervoso. As dores pareciam insuportáveis, ainda mais vindas da Tutu que não é de reclamar à toa. Fui pedir à doutora que fizéssemos logo uma cesária. Não estamos na idade das cavernas.
Tudo bem se tudo estiver correto - e estava até então - optar pelo parto natural. Mas as contrações insuportáveis não dilatavam o colo do útero, e a Tutu não tinha que passar por aquilo. Ninguém deveria ter, no planeta Terra, no ano de 2010, que passar por isso.


Tutu então autorizou a cesária, com a consciência tranqüila de ter tentado até as lágrimas fazer o parto natural, e também de estar certa de tirar o neném lá de dentro somente na hora em que ele naturalmente viria.


Tutu aliviada com a anestesia. A partir daí, foi só alegria pra mamãe

O médico neo-natalista espera o neném para os primeiros procedimentos. Fiquei posivitamente surpreso pela organização, estrutura e equipe da Clínica Santa Helena.

Dra. Emarise, que trouxe o Henrique ao mundo com muita competência

Mamãe é toda ouvidos

Com uma força assustadora para um papai-leigo, puxam a cabecinha de neném, que surge aí na foto

E pela cabeça vêm pescoço e ombros do etezinho

Primeira foto do neném, no colo da dra. Emarise Paes, que nem precisou dar tapinha (agora é contra lei, não é?) para o Henrique abrir um berreiro. Marca a máquina fotográfica que este momento é exatamente 8:02h da manhã. Henrique ainda está fisicamente conectado com a Tutu através do cordão.

Corta o cordão: agora Henrique já tem um corpinho independente. Dra. Emarise, assim que cortou o cordão, mostrou o neném rapidamente pra mamãe.

Neném já mostra talento para ópera no Scala de Milão. De fato esta é a primeira grande tragédia da nossa vida, o nascimento, e dá pra ver a gravidade da coisa na expressão desesperada do neném. Assim que pude falei pertinho do ouvido como eu conversava com ele pela barriga: ele reconheceu a voz. Acariciei as têmporas do neném (carinho que ele mostra apreciar até agora). Assim ele parou de chorar e voltava a berrar quando eu me afastava para ir dar notícias à Tutu.

O momento do parto é muito emocionante, é claro. Mas são emoções diferentes das previstas.
Eu sou um cara que passa mal em um simples exame de sangue e por isso iria ver o parto por trás do paninho, com a Tutu. Mas o anestesista me convidou a assistir tudo de camarote, e eu fui. Vi tudo com estranho distanciamento - esta cirurgia que exige momentos de certa violência.

Quando o bebê nasceu me pareceu mesmo um boneco. Assim que eu vi o seu rosto de perto pensei "eu deveria estar ligado a esta criança, que é o meu filho", mas não senti nada disso. O "neném-menino" e a imagem que construí dele, com quem eu já tinha afinidade, não tinham nada a ver com aquele serzinho amassado e todo roxo. Foi no momento em que a enfermeira me autorizou a tocar nele, foi só quando eu pude falar com ele, que aquele começou a se tornar meu filho, extensão de mim, fusão minha com a minha linda Tutu.

gorrinho para não perder calor pela cabeça


O recém-nascido tenta abrir os olhos, piscando muito, incomodado com a luz abundante

... e foi neste momento em que parecia que a coisa estava completa: levei eu mesmo o neném no colo pra perto da Tutu, encostei o rosto dos dois e o neném se acalmou ao ouvir a voz da mamãe.


E este é o momento do primeiríssimo encontro dos pais com o filho !

Logo depois de a Tutu ver o Henrique, assim que a equipe da Dra. Emarise finalizavam as suturas da cesária, eu levei o neném no colo para o final do corredor, pra mostrar para a familiagem. A tia Luli, que é estudante de medicina e quase havia conseguido entrar na sala de parto, reuniu a turma pra ver o neném. Foi a macacada toda esticando pescoço. Lembro de ter visto primeiro o vovô Bismarck e a tia Luli, depois a vovó Silvana e todos os outros: vovó Lúcia, vovô Luiz, tia Aninnha, tia Jú, tio André, dinda Lela, dindo Theo, esqueci alguém ?
Tava todo mundo tão encantado com o neném que a vovó Lúcia nunca percebeu que era eu que estava segurando a criança (de máscara e toca), e porque eu estava chorando ela se impressionou ("ele é tão lindo que emocionou até o médico!"). Bando de coruja em cima do macaquinho, não ?

Sobre este episódio da apresentação do neném aos familiares, coloco aqui mais tarde fotos tiradas por todos e o vídeo que o vovô Luiz gravou.



No quarto










Parabéns ao nosso filho, neto, sobrinho, afilhado, amigo Henrique por merecer ser tão querido por nós !
Te amamos filhão !!!

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